domingo, 23 de março de 2008

História da Holanda

Na região onde estão localizados os conhecidos Países Baixos, viviam tribos germânicas e celtas. Até o ano 400, a região ao sul do rio Reno fazia parte do Império Romano. Na Idade Média, os Países Baixos estavam divididos em principados feudais autônomos, sendo o imperador Carlos V ou Carlos I da Espanha, 1500-1558, o autor da unificação de todos esses territórios junto com a atual Bélgica e Luxemburgo, denominando-os Países Baixos e os agregou ao seu vasto império Borgonhês-Habsburguês.
O nome Países Baixos vem de “As Províncias Unidas dos Países Baixos”, que foram fundadas no Século 16. Durante séculos o coração político e econômico estava situado nas duas províncias Holanda do Norte e Holanda do Sul; por esta razão o nome “Holanda” é usado com freqüência como sinônimo de Países Baixos. (O adjetivo inglês “Dutch”, que significa neerlandês, é relacionado à palavra de origem flamenga “Diets” que quer dizer “povo” ou “nação”).Do início da nossa era, as “terras baixas” foram sujeitas a soberanos estrangeiros: Romanos, Francos, Borgonheses e Espanhóis. No Século 16, Willem de Orange liderou uma revolta das Províncias Unidas contra seus governantes espanhóis. Depois da assim chamada “Guerra de 80 anos”, o país ganhou a independência formalmente em 1648.Com a Paz de Münster (a Paz de Münster, também chamada a "certidão de nascimento" do Reino dos Países Baixos) em 1648, a República das Sete Províncias dos Países Baixos, foi reconhecida como Estado independente. A República, consistia de sete províncias soberanas: Holanda, Zeelândia, Utrecht, Frísia, Groninga, Overijssel e Gueldres. A forma estatal da República seguia mantendo um elemento feudal com o governador, um cargo poderoso, que era ocupado pelos herdeiros de Willem de Orange.No Século 17, os Países Baixos eram a principal nação marítima do mundo. Esse “Século de Ouro” como é conhecido na história neerlandesa, não foi somente um período de grande prosperidade, mas também de grandes feitos artísticos e intelectuais, especialmente nos terrenos da pintura, filosofia, arquitetura e ciências naturais. Esta prosperidade foi em grande parte conquistada pela Companhia Unida das Índias Orientais (VOC), criada em 1602 para a navegação e o comércio ao longo da costa asiática e africana. Neste tempo os Países Baixos conquistaram colônias na Ásia (Indonésia), e na América do Sul (Suriname e Antilhas Neerlandesas). No século XVIII, os Países Baixos tiveram que ceder a sua posição de supremacia como país comerciante à Inglaterra, contra a qual foram travadas várias guerras.
A Revolução Francesa significou o final da República das Sete Províncias dos Países Baixos. Em 1795, a República foi ocupada pelas tropas francesas, convertendo-a em um estado vassalo: a República Batava. Quatro anos mais tarde, os Países Baixos foram anexados na sua totalidade à França.
Depois da derrota de Napoleão,surgiu uma luta entre monarquistas e republicanos da qual saíram vitoriosos os monarquistas. Willem Frederik, Príncipe de Orange-Nassau e filho do último governador, regressou da Inglaterra.Willem I foi proclamado rei. Isto marcou a introdução da monarquia hereditária. O Governo voltou a transferir-se para Haia; porém, Amsterdã se manteve como a capital oficial. Os Países Baixos também continuavam como Estado Unitário, já que não se voltou ao sistema das províncias autônomas.Em 1830, os Países Baixos do Sul se separaram e formaram o Estado da Bélgica. Em 1839, Willem I aceitou esta separação; no mesmo ano renunciou ao trono. Foi sucedido por Willem II, depois por seu filho Willem III, em 1890 terminou a sucessão ao trono em linha masculina. Como Wilhelmina ainda era criança para assumir a coroa, Emma assumiu até que Wilhelmina completasse 18 anos em 1898 e assumisse a monarquia, começou assim a regência feminina.
Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), os Países Baixos se mantiveram neutros. Mesmo mantendo uma política de absoluta neutralidade até a Segunda Guerra Mundial, em maio de 1940 as tropas alemãs invadiram o país, iniciando-se assim uma ocupação de cinco anos. A rainha Wilhelmina se refugiou na Inglaterra, de onde continuou exercendo um papel importante como símbolo da resistência contra as tropas alemãs.Em 1948, depois de reinar por cinqüenta anos, abdicou em favor da sua filha Juliana. Em 1980, Juliana foi sucedida no trono pela sua filha mais velha, a atual rainha Beatrix.
Desde 1848, quando ocorreu uma drástica revisão da Constituição, os ministros não deviam mais responder ante ao Monarca, mas ante aos representantes eleitos do povo, o parlamento. Esta nova Constituição formou a base da atual monarquia constitucional com um sistema parlamentário.
No decorrer do Século 19, a revolução industrial levara a uma economia de rápida expansão que continuou no Século 20. No início, os principais setores eram comércio e navegação, indústria agrícola, carvão, química; mais tarde, a indústria eletrônica juntou-se a isso. Depois da Primeira e Segunda Guerra Mundial, o desenvolvimento econômico diversificou-se e se acelerou . Até a Segunda Guerra Mundial, os Países Baixos haviam sido uma grande potência colonial, porém, pouco depois do fim da guerra, as colônias rapidamente se tornaram independentes. Hoje, o Reino dos Países Baixos compõe-se de três territórios: os Países Baixos na Europa Ocidental, as Antilhas Neerlandesas e Aruba, no Caribe. O território dos Países Baixos situado na Europa tem uma área de 41.526 km2. Ao norte e oeste, faz fronteira com o Mar do Norte, ao leste com a Alemanha e ao sul com a Bélgica.
Em adição aos setores já mencionados, atividades em áreas como a construção civil, refinarias de petróleo e indústrias para o processamento de metais tiveram um forte crescimento. Os Países Baixos são Membro Fundador da Comunidade Européia (CE), da Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCED), das Nações Unidas, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e de várias outras organizações internacionais. Em 1948, o país estabeleceu, junto com a Bélgica e o Luxemburgo, a primeira união alfandegária do mundo: a Benelux, com circulação completamente livre de mão-de-obra, capital e serviços. O Tratado de Maastricht de 1991, referente a uma integração econômica e política mais intensa, transformando a CE na União Européia (UE), e o Tratado de Amsterdam de 1997, com vistas a uma ampliação da UE, foram projetados pelo Governo Neerlandês quando este mesmo exercia a presidência da UE que é alternada entre os seus países membro.

2 comentários:

wellvys disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
wellvys disse...

esse blogger e muito legal costei muito dos assuntos que nele á...principalmente sobre a historia da holanda pais muito lindo...e ele tambem seria muito intereçante se alguem necessitace realizar pesquisas,trabalhos,e tambem para quem teria ou tem vontade de conhecer um pouco da historia do pais holendes e etc. Parabéns pra vocês e criadores e formadores do blogger (trabalho exelente).